Seu nome era Antonio. Simples como ele. Na juventude, sabe-se lá porque, quando jogou futebol no Corinthians Paulista arranjou o apelido de "Rui" e , dizem, jogava muito. Não o conheci assim.
Somente como Antonio, meu querido e saudoso pai. Tem vinte anos que saiu desse vida para jogar bola nas estrelas. Era alegre, "seo" Antonio e viveu um grande amor durante 54 anos com Jandyra, minha mãe, igualmente falecida. Mas é dele que quero falar, hoje. Afinal, mais uma vez me deixo vencer pelo sentimento que aflora no Dia dos Pais. Sabe?! Pra mim, pai é sempre pai, redundante, assim mesmo. Fica frio: Não vou buscar palavras bonitas, rebuscadas e recheadas de pieguice, não. Respeito quem o faça. Eu, não. Pra mim é fácil fechar os olhos e rever meu pai na tela do meu coração. Alegre, baixinho, dono de uma vivacidade maior do que a sua inteligência que não era pequena. Quando pequeno, o imaginava todo-poderoso. Hoje, com a perspectiva do tempo passado, sei que ele foi quase sempre um menino.
Desses que apesar das rugas,não deixava de contar uma piada na hora certa; de afagar os cabelos da mulher amada e se apaixonar pelo seus dois times do coração: O Vasco e o Corinthians paulista, se bem que descofio até hoje que quando esses dois times se enfrentavam, ele era mais o Vasco. Ou seria mais o Corinthians?!rsrsrs. Nunca me disse! Foi-se Antonio. Mas deixou no meu coração a maior de todas as heranças! Como ele mesmo dizia à exaustão: "Nando: o mais importante na vida é ser honesto...". O tempo passa e agente se acostuma a ver aqueles entes queridos que se foram, só quando se fecham os olhos.
Mas, hoje, Dia dos Pais, o blogueiro aqui resolveu prestar essa modesta homenagem. Certo de que falando de Antonio, o meu pai, estou falando de todos os pais e, talvez, um pouquinho de mim mesmo.
Hoje, aqui e agora, o pai sou eu...
Mas confesso de maneira humilde que a lembrança dele me reduz a um menino com imensa vontade de pedir colo...
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