quinta-feira, 8 de novembro de 2012

"Vai ganhar isso tudo?!!!"...

Alguém ligada à TV ficou surpresa ao saber de que determinado radialista iria ganhar um salário muito muito acima da média e deixou seu pensamento sair : "Curioso isso, afinal, rádio é só voz bonita...não tem imagem"! Não sabia ela , porque jamais ouvinte de rádio, que de quatro anos pra cá, ainda que longe da forma ideal, as grandes rádios vêm tendo imagem nos computadores, como é o caso da Tupi 
que possui 4 câmeras HD. Mas, ela não sabia. E seu raciocínio de recém saída da faculdade imaginou que a televisão é quem paga mais e o rádio, coitado, é quem oaga menos. E de repente "na lata" descobriu a ponta de um iceberg de uns 10% de profissionais que ganham muito acima da média. Ora, isso existe em todas as profissões, o que não quer dizer que, na média, o rádio pague mais do que a TV e esta tenha, sim, os maiores salários. De fato, o que está ocorrendo é que o rádio se adapta aos novos tempos quando a emissora é grande. Ser grande significa fazer o rádio falado, de interesse da comunidade, de entretenimento e jornalístico ao mesmo tempo, falando a linguagem do povo. Essas grandes rádios do tipo Tupi, Globo, Itatiaia, RBS, entre outras, se beneficiaram com o talento dos melhores profissionais e, por isso, estão aí. As demais, bonitas mas demasiado musicais, colheram e ainda colhem apenas as suas identidades musicais, o que é bom, mas é pouco para torná-las grandes emissoras. Por elas (a maioria das emissoras!), com certeza, passaram grandes profissionais que, infelizmente, mercê do salário pequeno e da ausência de estabilidade, acabaram saindo da profissão. Uma pena! Com certeza, existem emissoras menores que fazem um trabalho admirável mas que sossobram à curta receita comercial. Todavia, na grande rádio de hoje, não há lugar mais para o amadorismo. Alguns hão de dizer 'não gosto de fulano...de beltrano...de você!". Paciência. O público é assim mesmo e tem todo o direito de opinar. Mas isso não muda o fato de que no rádio de hoje, preferencialmente, ainda cabe a voz bonita, mas não elimina aqueles que, ainda com menos voz, deixam sobressair a inteligência. Vale dizer: o rádio de hoje nas grandes rádios, prioriza o saber. Caso você tenha uma voz bonita, melhor. Mas lembre-se que esta voz, bonita ou mais ou menos, terá de vir acompanhada de inteligência e cultura em favor do ouvinte.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Hoje é o dia dos radialistas!


 Como todo "dia de...", o objetivo é o de homenagear a classe que luta pelo desenvolvimento dessa profissão que um dia eu vi nascer, uma vez que nela estou desde os tempos em que não havia registro no Ministério do Trabalho.
Naquela época se dizia " Viu? Quem mandou você não estudar?"...e, ainda hoje, infelizmente, alguns ingênuos e desinformados, dizem a mesma coisa.
Enganam-se!
É preciso muito estudo para ser radialista "pra valer" e permanecer na profissão. Verdade que pode ser apenas o estudo profissionalizante mas também é fato de que não se deve dispensar o estudo de nível superior. Tempos atrás, bastava ter voz bonita, ter algum carisma e saber anunciar músicas em inglês. Nos dias de hoje, tudo isso se faz necessário, mas se o radialista quer ser comunicador de uma rádio de ponta, só isso, não basta! Tem de ter informação, não parar no tempo na base do " eu fui isso...fui aquilo", estudar muito, e perceber que a cada dia se aprende mais! "Fui "primeiro lugar" não quer dizer "sou primeiro lugar" e nem o fato de sê-lo hoje, significa que o será para sempre...Foi-se o tempo em que o radialista vivia da sua vaidade e falava consigo mesmo " ..como me admiram! Como eu sou querido!". Hoje, isso é pura perda de tempo! Com certeza, ele será querido por alguns, mas terá de perceber que assim é com todo mundo, em qualquer lugar. Para conquistar a audiência, todavia, tem de saber que não será essa "bem querência" que o fará líder. Não. A liderança vem através da qualidade da informação e também do entretenimento.
Vem através da humildade de saber que disputamos um campeonato que não tem taça e nem volta olímpica e que tal campeonato é aferido mês a mês pela pesquisa de audiência!
A liderança só pode ser mantida se entendermos que sempre haverá uma concorrência de valor e  que podemos perdê-la a qualquer momento; e por isso, sempre teremos de ter "um olho no retrovisor". O ouvinte está cada vez mais exigente e quem disser que o rádio não precisa de estudo, vai parar no tempo e muito provávelmente, perder o emprego.
Viva o dia do radialista! Vivam todos os ouvintes do rádio, razão de ser da existência de todos os radialistas!
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