terça-feira, 17 de maio de 2011

Sou a favor do amparo aos gays...

Claro que os religiosos desta ou daquela religião que condena a união civil dos gays, têm o direito de assim pensar. São orientados pelos seus líderes religiosos nesse sentido.
Todavia, que fique claro que as pessoas que não são homofóbicas, também possuem o direito de entender que, independentemente desse ou daquele religioso, o homossexualismo é um fato que existe.
O que não se pode, é confundir um fato que existe com um preceito religioso aceito por alguns e contestado por outros.
Mesmo que esteja na Bíblia .
Até porque nada na Bíblia é mais importante do que a palavra de Jesus que nos deu entre inúmeras frases, duas da maior importância, no caso: A primeira: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".
A segunda: "Não condeneis para não serdes condenados".
O raciocínio de alguns que dizem " devemos amar os homossexuais mas condenar a prática...", no mínimo se torna contraditório com as palavras de Jesus.
Você pode ser contra a prática, como eu sou, afinal sou heterossexual, mas segundo Jesus , não se pode condená-la.
Até porque a condenação, sabia Jesus, nos dá a falsa ilusão de que "somos superiores" e abra caminho para a discriminação e a homofobia.
Ora, é ilusão pensar que os homossexuais vão deixar de sê-lo e ainda que sejam assim, continuam sendo filhos e filhas, enfim pessoas queridas por muitos e que. se honradas, merecem o nosso respeito.
As únicas pessoas que não merecem respeito são as criminosas, o que não é o caso dos homossexuais.
Quando o Supremo Tribunal Federal aprovou a união civil dos gays, nada mais fez do que admitir algo que existe na vida real, idependentemente dessa ou daquela crença religiosa.
É um fato.
Gostemos ou não.
Em todos os setores da sociedade, de uma forma hipócrita, essa mesma sociedade fez "vista grossa" aos diversos homossexuais existentes, todavia, quando o fato se torna público, aí vem a grita, querendo tolhe-los de um comportamento que, à exemplo das prostitutas, existe desde que o mundo é mundo.
E olha que Jesus , ao salvar da morte aquela prostituta que seria apedrejada, disse "atira a primeira pedra aquele que nunca pecou".
Também é dele a frase " Vim pelos pecadores e não pelos justos".
E queiramos ou não, inúmeros gays que viveram juntos anos a fio, quando da morte de um companheiro, poderão ter agora o amparo legal devido àquele que sobreviveu...

Um comentário:

  1. Olá Fernando,
    Sou favorável que os direitos dos gays, lésbicas, héteros... sejam igualitários, mas o papel do STF não é criar lei. Esse é o papel do legislativo. O STF deve apenas aplicar o que está na Constituição e, pasme: não está inserido na constituição outras relações além do homem-mulher. Nossos deputados, senadores não tiveram coragem, por medo de perder votos, e se esconderam. Concordo que os gays devem ter seus direitos, mas segundo as regras democráticas e não da forma que o STF fez.
    Legislar é papel do nosso Congresso Nacional.

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