Sobre a indústria do denuncismo...

Toda a denúncia contra qualquer político ou homem público, do governo ou da oposição, tem de ser apurada e, se comprovada, punida com rigor.
Certo.
Mas, também temos de ter a consciência de que o direito pressupõe um acusado inocente, até que se prove a culpa.
Ou, seja: Sem as provas, não se pode condenar.
A minha preocupação se deve ao fato de que, como estamos numa democracia com liberdade de imprensa ( E isso é louvável!), à toda hora se oferecem denúncias sobre este ou aquele cidadão ou cidadã.
Natural, afinal, algumas delas têm procedido, embora a punição tenha sido aquém do esperado...
Não porquê o trabalho do Ministério Público tenha sido incompetente; mas pelo simples fato de que os de "colarinho branco", tendo mais dinheiro do que a maioria, têm os melhores advogados e, talvez...influenciem $$$ alguns magistrados corruptos e ainda não descobertos...
Uma lástima e temos toda a razão de protestar!
Isto posto, o que me questiono é o seguinte: por que, quando se trata de denúncias contra o governo, todas elas vêm de dois jornais muito conhecidos de São Paulo, (sempre os mesmos!) e também de uma mesma revista?!
Não é São Paulo o estado que é inteiramente governado pela oposição?1
Mesmo que esteja errado e tais denúncias sejam verdadeiras e fundamentadas
( e algumas o são, mesmo! ), o que é feito da imprensa dos demais estados?!
Será que só São Paulo tem essa enorme capacidade investigativa?!
E o que acontece com a imprensa dos outros estados?
Só para nomear alguns jornais dos mais tradicionais centros do país:Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre etc.
Todos não teriam nenhuma competência investigativa e somente depois da denúncia dos três veículos de Sâo Paulo é que as noticiam timidamente?!
A quem interessa esta ou aquela denuncia?!
Claro seja apenas competência investigativa em favor do povo, nota 10 para São Paulo e 0 para os demais estados da federação.
Agora, se for intriga política, evidencia-se a eterna luta pelo poder na base do "Hay gobierno, soy contra"!
Sendo as duas coisas, há que separar o joio do trigo!
Caso concorde, compartilhe.